no livro da minha vida a parte que fala de você eu risquei. mas com caneta marca texto.

nasceu um girassol no meu peito
acho que não te falei.
nem era primavera.
é cada coisa que a gente carrega
sem precisar.
já levei muito peso nas costas
muita tranqueira na bolsa 
mas no coração
é a primeira vez.
seria lindo acordar de manhã
e te mostrar meu jardim.
fazia tempo que não nascia nada aqui.
de uns meses pra cá
nem o abajur iluminava minhas noites azuis.
só percebo que estou chorando
quando vejo na parede
minha sombra
soluçar.
é difícil quando a gente perde a sensibilidade
das coisas
dos jeitos
dos textos.
leio mais
escrevo mais
e mesmo assim não salva nada.
pode não importar pra você
mas não quero deixar o girassol morrer.
plantas não sobrevivem com água salgada.

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